Chego na ponta do píer atraída pelo verde do mar, e o tempo inverte. Instável inverno, me remexe e tremula como à superfície da água. Ao vento, sou só poros, sinto. Camada externa de um dentro que não vejo daqui. Sou o chapisco do teto, disforme. A ponta da onda, aguda. Quebro. E me formo de novo. Esperando o momento de, enfim, ser espuma.